A poesia perdeu-se numa casinha em Minas.
Esqueceu-se na mesa da vó,
Entre o cafezinho e o pão-de-queijo.
Cochila calma, enrolada nos lençóis
Perfumados à sol-de-varal,
Sob o céu de vaga-lumes,
Que invadem o quarto pelas janelas de madeira.
Nem mesmo o grilo, sempre aflito,
Aqui tenta quebrar a paz.
Nem mesmo o grilo-grilo.
O ar da noite é doce e suave. Embala o sono
Com seus dedos, de leve...
Não. A poesia perdeu-me numa casinha em Minas...